2 de dez. de 2011

FELIZ-IDADE


Na medida do possível busco o equilíbrio. Mesmo em meio a atribulados momentos de angústia e solidão, a cada perda busco a luz. Nada tem me sido fácil nesses últimos anos. E não me se sinto surpresa... Na verdade nunca me disse que seria assim, entretanto insistia em acreditar que eu poderia entender minha situação da maneira mais inusitada. A cada tropeço sempre pensava: “Hey, Laila! Vc não é a primeira e com certeza não será a ultima a passar por tais provações. Continue e vença!” Mas que vitória é essa?  O que temos que conquistar para alcançar a felicidade? Hahahá! Felicidade? Esse bem impalpável que leva esse nome para designar o que nunca vamos conseguir? Feliz-idade era aquela que tivemos há anos atrás. Quão bela é a nostalgia da vida! Quem nunca foi feliz e não sabia? Infância, inocência, colégio, viagens, faculdade. Cada pessoa tem uma historia pra contar de uma época especial. Buscar uma coisa que vive no passado parece loucura! Mas viver de passado para ser feliz por lembranças é mais insano ainda! A tristeza é um bem que nos ensina a conviver com a realidade, realidade essa que insiste em nos dizer que nunca poderemos ter tudo. Que o tudo não existe. Acho que esse é o motivo da minha angustia: Busco o que não existe... Uma força que não existe, uma posição que não existe. Se um dia eu cair... bem, não serei a única a acreditar que me afundei instantaneamente. E novamente voltarei a buscar o equilíbrio. Terei sucesso? Quem sabe...

Interior

Tempestade cinza. 

Na monotonia de tempos sombrios

Sem escolhas, sem motivos… 

A cada lágrima, a lembrança de um tempo que se foi.

Lamentações? Angústias?

O nó formado na garganta

Saudade enforcada

Da forma mais bela...

Que lava olhos e corações

Em busca de um novo amanhecer. 















Por Laila Cristina Ferreira